El proyecto Arte Otro en Uruguay se nutre de la generosidad de artistas e investigadores que colaboran para formar un acervo documental sobre temas afines. Esperamos con estas donaciones y adquisiciones poder formar una biblioteca de consulta para interesados y especialistas. En estos últimos días hemos recibido una serie publicaciones de las que queremos dar cuenta a modo de agradecimiento.
1. De Ricardo Vieira Orsi. Publicación: Nino. O essencial em estado bruto. Catálogo de la exposición homónima de Nino (João Cosmo Félix, 1920 - 2002, Juazeiro do Norte, Brasil) en Pinacoteca do Estado do Sao Paulo de 18 de setiembre a 14 de octubre de 2001. Fragmento del texto de la curadora Dodora Guimarães:
"Calado quase mudo. Seu corpo franzino movimenta-se lentamente em gestos precisos. Tudo nele é contenção. Os olhos distantes, como se sempre à espreita, contemplam algo visível só para si, lá no infinito. Quando esboça um sorriso, a face se ilumina; do peito infantil emerge o ar travesso, subindo em direção ao semblante do homem maduro que diz fazer boniteza pro povo cobiçar e levar. As horas a fio, imóvel, perdido na observação parada, aparentemente parado, resultam nessas “bonitezas”: suas dadivosas esculturas. A infância vivida no mato, ora caçando passarinho ou brincando de burrica – espécie de carrossel que construía para se divertir com a meninada, é a fonte perene de seu fabulário antológico. Nino/menino: memória em ebulição. Um toco, quatro escopos, uma machadinha e uma facão afiado, um tico de tinta e um pincel calejado, com este arsenal ele enfrenta a arena, forja seu coliseu.
"Calado quase mudo. Seu corpo franzino movimenta-se lentamente em gestos precisos. Tudo nele é contenção. Os olhos distantes, como se sempre à espreita, contemplam algo visível só para si, lá no infinito. Quando esboça um sorriso, a face se ilumina; do peito infantil emerge o ar travesso, subindo em direção ao semblante do homem maduro que diz fazer boniteza pro povo cobiçar e levar. As horas a fio, imóvel, perdido na observação parada, aparentemente parado, resultam nessas “bonitezas”: suas dadivosas esculturas. A infância vivida no mato, ora caçando passarinho ou brincando de burrica – espécie de carrossel que construía para se divertir com a meninada, é a fonte perene de seu fabulário antológico. Nino/menino: memória em ebulição. Um toco, quatro escopos, uma machadinha e uma facão afiado, um tico de tinta e um pincel calejado, com este arsenal ele enfrenta a arena, forja seu coliseu.
Elefantes, macacos, pássaros, caçadores, donos em defesa de seus animais, figuras afoitas, ou intimidades, transbordam de sua imaginação para esculturas plenas de encantamento e concisão (...) Nino inventou o seu fabulário assim como inventou sua escultura, do mesmo modo que, com sua destreza, provoca os estudiosos a repensar a arte popular." Dodora Guimarães, Agosto de 2001.
2. De Ricardo Vieira Orsi. Publicación: Arte do Nordeste, AAVV, Spala Editora. Editor responsable Paulo Lyra, Río de Janeiro, 1986, 438 pág. Hermosa edición bilingüe portugués-inglés, de tapa dura, y numerosas fotografías de obras, con textos de especialistas en arte popular y antiguo de la región. Los capítulos abarcan distintas regiones y tradiciones: prima el abordaje geográfico en cada capítulo y luego las técnicas y materiales.
La simple enumeración de los capítulos nos facilita una idea de la orientación del libro y sus contenidos: Maranhao (El arte de Maranhao por Carlos de Lima) Piauí (El arte de Piauí por Noé Mendes de Olivera), Ceará (El arte de Ceará: Reflexión del saber del pueblo por Roberto Galvao), Río Grande del Norte (Las artes plásticas de Río Grande del Norte por Iaperi Araújo), Paraíba (Las artes plásticas en Paraíba: breve panorama, por Raúl Córdula), Pernambuco (El arte de Pernambuco por André Carneiro Leao) Alagoas (El arte de Alagoas por Rogério Gomes), Sergipe (El arte de Sergipe por Luiz Antonio Barreto), Bahía (La pintura de Bahía por Luiz Viana Filho). Luego los capítulos dedicados a las técnicas y materiales: Cerámicas, Madera, Piedra & Metal, Tapicería, Trenzado, Pintura, etc.
3. De Isabel Cavadini. Publicación Vivir es poesía. Recopilación de poemas de la Colonia Etchepare. Escritores: Lucio Ave (Las heridas del mañana), Carlos Manuel Perdomo (Mis poesías hablan por mí), Edgar Furquere (Los colores del arco iris), Ricardo Carro Troche (Cantos sencillos), Rosa Cazhur (Sentires), Hugo Leceta (La luz de mis rimas). IMPO, Montevideo, 2015, 264 págs.
Afirma el Dr. Osvaldo do Campo en el prólogo de esta publicación: "La literatura es una de las vertientes creativas y si bien entendemos que no es nada original; es mucho lo adeudado a todas las manifestaciones de los pacientes en sus obras: arte del inconsciente explicitado, arte primitivo, humanidad desde el origen de la vida hasta hoy en el lienzo y en la letra. Se trata de una de las manifestaciones de la subjetividad, con un discurso libre en su expresión y no exento de humor, ternura, profundidad y calidad literaria."
No hay comentarios:
Publicar un comentario